The Tick | Crítica

Por: Etore Modena

Bem-vindos aos anos 90!
Esta é a sensação que se tem ao assistir a nova série produzida pela Amazon, "The Tick". Personagem criado para os quadrinhos, por Ben Edlund, e que também já teve uma série animada pelo canal Fox Kids de 1994 à 1997 e, posteriormente, uma primeira tentativa de live action em 2001.
Na série animada, a proximidade com a HQ era a segredo do sucesso. Já no primeiro live action, essa proximidade causou o seu cancelamento, uma vez que os custos da produção se elevaram. Vale lembrar que o cenário do início dos anos 2000 ainda não era fértil para heróis como os atuais.
Neste novo sitcom, todos os arquétipos da luta contra o bem e o mal são representados de forma caricata. O herói escoteiro, o civil vítima de efeitos colaterais, vilões bregas, anti heróis, etc.
O roteiro e o elenco fluem ao longo dos 6 primeiros episódios de estreia. Os únicos pontos soltos são os que servirão para desenvolvimento da próxima temporada.
Peter Serafinowicz entrega um excelente “The Tick”, que remete bastante a série animada, um herói quase invulnerável, com super força e à prova de balas. Griffin Newman, como Arthur, insere aquela pitada de drama necessária na jornada do herói e sua parceria com o Tick é completamente balanceada – o “Cérebro” e os Músculos.
No time de vilões, Jackie Earle Haley interpreta o implacável Terror, nesta temporada ele pouco aparece, mas quando surge apresenta um terrível opositor da justiça.  Yara Martinez (Sra. Poeira) mostra que vilões também amam e Micheal Cervaris (Ramsés IV) se encarregam do lado cafona, como representação estereotipada dos super vilões das histórias em quadrinhos.
Assistir aos seis episódios é uma tarefa fácil, com total certeza garantirá boas risadas e nostalgia para os que foram fãs nos anos 90. Aos olhos de quem nunca assistiu nada do personagem, a série poderá apresentar um conteúdo ligado ao nonsense, mas relaxe e aproveite, assim eram os anos 90!
Nota: 7/10

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