Diretor: Fernando Meirelles

Mantendo o nosso apoio ao cinema nacional e também para valorizar o trabalho de nossos conterrâneos em terras gringas, vamos falar de um dos mais famosos diretores brasileiros fora do Brasil: Fernando Meirelles!

Nascido em São Paulo, em 1955, Meirelles não iniciou a carreira nos cinemas, na verdade ele cursou Arquitetura na USP. Porém, não seguiu na área de arquitetura (para nossa sorte!) e decidiu criar, com os amigos, a produtora “Olhar Eletrônico”. Desta produtora, surgiram seus primeiros trabalhos na direção, com os curtas: “Marly Normal” (1983), sobre o dia a dia de uma funcionária no escritório e “Brasília” (1983). Este último curta não foi encontrado de jeito nenhum, sendo assim, abaixo eu coloco apenas o primeiro, obra de estreia do Meirelles.
Seu próximo trabalho foi o documentário, em 1986, que recebeu o nome de sua produtora: “Olhar Eletrônico”. Tudo começou com um convite do famoso Goulart de Andrade (com seu bordão “Vem comigo!”), para realizar entrevistas pelo Brasil, feitas pelo repórter Ernesto Varela, mais conhecido como Marcelo Tas. Confira abaixo a entrevista com o Tas e Meirelles:
Chegamos  então em 1989, e aqui ele realizou um trabalho que considero muito marcante para quem foi criança nas décadas de 80 e 90, a atração infantil "Rá Tim Bum", talvez os mais novos não tenham conhecido, mas trata-se de um dos melhores programas exibidos pela TV Cultura, contava histórias, tinha música, era um trabalho maravilhoso em diversos sentidos. Deixarei a abertura do programa para muitos relembrarem ou (quem sabe?) conhecer!
Em 1997, ele dirigiu um episódio de “A comédia da Vida privada” e no ano seguinte, trabalhou em um curta divertido chamado “E no meio passa um trem”, retratando uma viagem e o encontro de duas pessoas com personalidades opostas. Ainda em 1998, trabalhou na sequência “Menino Maluquinho 2: A aventura”. E, em 2000, dirigiu um episódio do seriado “Brava Gente”, que passou na Rede Globo.
Em 2001, ele lançou seu primeiro filme, a comédia “Domésticas”,  trata-se de um filme bem leve e com ótimas atuações, mas, mesmo com o tom cômico durante toda a trama, ainda assim há uma crítica ao trabalho das empregadas domésticas, na maneira como a sociedade trata pessoas com menor acesso à informação e menor poder aquisitivo.
Chegamos ao melhor trabalho de Meirelles, ao menos em minha humilde opinião, “Cidade de Deus”, lançado em 2003. Trabalhou que alavancou sua carreira mundial, com direito a indicação ao Oscar. O longa é baseado no livro homônimo de Paulo Lins e conta a história do surgimento do crime organizado na Cidade de Deus. A maneira como o filme entrelaça as histórias dos personagens, para contar  como tudo aconteceu, é fantástica e todos os atores, novatos ou não, jovens ou mais velhos, atuam de maneira excepcional. “Cidade de Deus” é um filme excepcional não apenas no Brasil, mas também no mundo, não por acaso, eles está sempre presente em listas de melhores filmes de todos os tempos.
O sucesso de “Cidade de Deus” rendeu uma série chamada “Cidade dos Homens”, rendeu quatro temporadas entre 2003 e 2006, até que neste ano, fizeram mais uma temporada, exibida novamente pela Globo.
Em 2005, outro grande filme, "O jardineiro fiel". Porém, agora em terra gringas e com atores internacionais como Ralph Fiennes e Rachel Weisz. A trama mostra o diplomata Justin Quayle recebendo a notícia que sua esposa, uma ativista dos direitos humanos, foi assassinada no Quênia. Sem saber o que houve, Justin, por conta própria, tenta entender as motivações para o crime. Em meio as suas investigações, ele acaba descobrindo muitos segredos e mentiras envolvendo sua esposa e seu trabalho.  Filme muito bom, garantiu o Oscar a Rachel Weisz.
Após três anos, ele lançou “Ensaio sobre a cegueira”, uma adaptação baseada no livro homônimo de José Saramago. Trata-se de uma mistura de ficção científica com drama, e fala de uma epidemia de cegueira em uma cidade. O foco do filme não é tanto em explicar o que acontece, mas sim em como as pessoas reagem quando levadas a situações extremas.
Em 2009, trabalho tanto na série, quanto no filme “Som e Fúria”, que mostra um grupo de teatro que faz peças inspiradas em Shakespeare, misturando a vida pessoal dos personagens. Infelizmente, não consegui assistir,  mas se quiser saber mais, acesse o site da Globo.
Seu último filme foi em 2011, chamado “360: A vida é um círculo perfeito”, filme feito em parceria com vários países e inspirado no livro “A ronda” de Arthur Schnitzler. A trama mostra diversos personagens e suas histórias de amor, sendo que os destinos de todos estão interligados.
Desde o filme “360”, Meirelles esteve envolvido em curtas como “Rio, eu te amo”, um conjunto de curtas em que dirigiu o segmento “A musa”. Trabalhou como diretor em alguns episódios das séries “Felizes para sempre?” e “Os experientes”.


Seu  último trabalho, sem contar a quinta temporada de “Cidade dos homens”, citado anteriormente, foi seu excepcional trabalho na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos do Rio, ano passado! Se por acaso você não assistiu esse momento único, veja o vídeo completo abaixo, disponibilizado pelo canal das Olimpíadas.
Atualmente, ao menos em minhas buscas, não foi encontrada nenhum menção à algum projeto em desenvolvimento. Sendo assim, encerro o post com minhas indicações: “Domésticas”, filme leve e agradável de assistir; “Cidade de Deus”, que dispensa comentários, simples mente assista; e “O jardineiro fiel”, um ótimo thriller para quem gosta de uma certa dose de conspiração!

Boa sessão pipoca!

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